Tânia Pacheco - Jornal O Globo

“José Maria Rodrigues cria uma espécie de ‘Alma boa’ nordestina. Os deuses – no caso Jesus e Pedro – vêm à Terra, buscando um justo. Quando já estão prestes a desistir, parecem encontrá-lo. E lhe dão meios para enriquecer, como uma forma de teste para ver se realmente é a salvação entre os homens. A partir dessa história se desenvolve uma trama bem-humorada. Quase ao final, leva-se um susto: de repente, parece que Ariano Suassuna vai entrar em cena e, mais uma vez, salvar o herói. É precisamente nesse final que José Maria ratifica uma posição lúcida perante a arte: repudia os salvadores; é inclemente.”